sexta-feira, 4 de junho de 2010

Sobre o vazio

Você se vai, fica o vazio. Logo em seguida seu rosto vira vagarosamente sorrindo, e as suas mãos mesmo sem querer se mexem, acenando. Sua mão me diz que foi o fim, mais eu sou verde! Verde dos pés a cabeça. Verde significa esperança. Sabia?
E mesmo que eu tenha em mim, que minha esperança e totalmente abstrata eu continuo a sonhar; imaginar você aqui do meu lado, sorrindo e me fazendo delirar; me olhando e me fazendo suspirar.
Mais eu vejo, que além de esperança eu sou ilusão, e que você não vai voltar tão cedo, ou talvez nunca volte. E minha dor se triplica mesmo que seja momentânea. E mesmo que seja incrível, eu permaneço sentindo uma saudade totalmente mutável, que aumenta ou diminui; diminui ou aumenta.
E de tudo, o que ficou o que se fortificou e criou raizes, foi apenas o fantasma com o brilho mais intenso, mostrando a mim, a importância que você teve em minha vida e que vai ter para sempre! Mesmo que minha boca teimosa negue, renegue o meu sentimento.
E apesar dos pesares, eu nunca vou conseguir apagar as marcas da poeira que estão ao meu redor, cobrindo todos os moveis, os eletrodomesticos e os quadros. Substituindo o ar. Ar que eu tento respirar, e infelizmente enquanto não houver um aspirador que sugue todo pó que gira em torno de mim, eu não respirarei completamente bem, não viverei bem, e nem estarei bem.

Mais tenho certeza que um dia isso tudo vai passar.