sábado, 5 de maio de 2012

Aquilo era mesmo real? Era tudo o que eu perguntava. Perguntava pra você se aquilo era um sonho. Você dizia que parecia. Eu não queria acordar, não queria que eu abrisse meus olhos para tornar a ver a realidade tão suja e tão obscura como ela é. Cada toque, beijo, suspiro, apertos de mãos, sangue pulsando forte, arrepios, calafrios, rios, sons e carinho. Fizeram-me com que eu me sentisse único, como se o mundo lá fora não existisse. Algumas palavras soaram errado. Outras não foram ditas. Mas ouça meu amor, tudo terá uma hora para acontecer, não vamos nos precipitar. Eu queria por um momento decifrar esse “tudo” que estamos vivendo, assim, tão intensamente. […] Coisa pela qual não consigo facilmente. Eu peço para que não mude, continue assim desse mesmo jeito, que me conquistou a um tempo atrás. Nesse instante, sua alegria é minha alegria, sua tristeza é minha tristeza e a sua ausência é o que me faz sangrar. […] O cansaço do meu corpo pede para que eu chegue em casa e tire a camisa que está com o seu cheiro, mas como eu iria fazer para eu sonhar com você e poder sentir como se você me abrasasse durante a noite, assim como sempre faz? E mais uma vez estou a ponto de chorar. Mas mesmo querendo chorar, um sorriso bobo e sem explicação insiste em ficar no meu rosto, quando me lembro de nós. É uma coisa tão gratificante, tão amparadora que minha lágrima perde para os meus sorrisos. A preocupação com cada coisa que faz que se refira a mim é uma coisa inexplicável. […]Não tenho muito a dizer, nunca tive, você sabe disso, só sei que sinto, só sei que quero, e esse querer é uma vontade estrondosa em ter você. Obrigado por entrar na minha vida e fazer tudo mudar. Permaneça assim, perto e ao mesmo tempo longe e que continue a deixar o seu cheiro em minhas camisas.